

Vi numa serra distante
Ninfas na ladeira a passar
Chegar lá foi um instante,
Senti na quimera extasiar!
No sopé da serra o mar,
Brilhante como cristal,
Um céu azul a espreitar
Aquele ambiente divinal.
Na encosta lá estavam,
Desnudados, de entontecer,
Corpos que a embelezavam
E as árvores pareciam acolher.
No mar barquitos imóveis
Fatos diferentes na forma e cor
Das banhistas de corpos dóceis
Naquele oceano de amor.
Mas, subitamente, irrequieto
Despertei numa sala vazia,
Triste por ter descoberto
Que era tudo fantasia.
Afonso Costa
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