Este blogue poder-se-á, para uma fiel autenticidade, vislumbrá-lo como sendo uma miscelânia resultante da necessidade do seu autor, empurrado pelo seu estado de espírito, qualquer coisa escrever ou «escrevinhar».
Com efeito, os assuntos são irrompantes e confinam-se, correspectivamente, a diversos ciclos das franjas temporais da vida.
São assuntos, tavez, os mais deles supérfluos; daí que, por comezinhos, sejam, quase todos, tratados em versos, ainda que, tais versos capeiem, em alguns casos, temas em que o autor procurou colori-los da maior dignidade. Além disso, por inerência do espírito, sempre que as razões pragmáticas da vida lho consentiam, denunciou-se esquivo à prosa, por ter sido de raiz enfastidiosa e burocrática ao longo da sua vida profissional, para repousar o pensamento na maviosidade da poesia.
Fácil será constatar que os argumentos, nem por bonomia, se poderão louvar em quaisquer primores, quer quanto à substância, quer quanto à forma ou estilo. Mas, também, não foi, nem é essa a pretensão do autor do blogue.
À priori o que mais lhe importa é reunir o que ao longo da vida foi ficando esquecido, por esconso, no desordenado arrumo das prateleiras e gavetas, e, sobretudo, tendo em mente (confúcio), ao dizer que é transportando um punhado de terra todos os dias que se fará uma montanha.
Afonso Cposta
