Pesquisar neste blogue

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Homenagem às minhas caminhadas pelo Gerês

Foi já maduro, bem vivido
Que este doutor se fez à serra
Em busca do tempo perdido
De um paraíso na terra.

Em passada certa e ligeira
Galga as fragas, trepa a um vale
Fazendo da serra inteira
Sua casa, jardim, quintal.

Do seu peito nasce a poesia
Que nos brinda com amizade
Qual orvalho no alvor do dia
Carvalho verde e sem idade

E da Pedrada à Fonte Fria,
Pé de Cabril ao Camalhão
Agita-se a serra com alegria
Sempre que está com este irmão.

E protegem os Deuses o poeta
Dos seus voos abismais
Amparando-o da morte certa
E das sinusites monumentais.

Este poeta é um trepador
Tem por bastão a sua prosa
E põe nas quadras o amor
Que leva ao clube o Nevosa.

Tê-lo ao lado como amigo
Partilhando esta viagem,
Desejando estar consigo
A palmilhar a miragem.

Para sempre perdurarão teus passos
Ecoando nas serranias,
Semeaste risos...colheste abraços
Barrando a mel os nossos dias.

Jámais haverá um adeus
Nunca parte quem se gosta
Os nossos passos são os teus
Na avenida Afonso Costa*


Paulo Costa

Sem comentários:

Enviar um comentário