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terça-feira, 15 de junho de 2010

Libertação

Vivo com ansiedade
Quero fugir do vulgar
Recolher-me no súblime
E sua beleza respirar.

Sei como tenho vivido
Distante, sem censurar-me,
Mas condena-me um vazio
Do qual quero libertar-me

Alcançada a liberdade
Entoarei nessa vitória
Hinos bucólicos, líricos
À terra em sua glória.

Escutarei as avezinhas,
O murmúrio das fontes,
Contemplarei as flores,
A majestade dos montes.

Verei riachos a correr
E as árvores frondosas,
Passearei nos prados e vales
Tocarei plantas graciosas.

Abeirar-me-ei das praias
Verei o sol no nascente,
Escutarei a voz do mar
Extasiarei com o poente.

De montanha em montanha
Num abraço à criação
Viverei com sol na alma
E alegria no coração.

Afonso Costa

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