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domingo, 15 de agosto de 2010

MOMENTOS DA VIDA

Vi-a bela, soberba, distante,
Tudo por obra de um momento
Mas mercê desse instante
Ficou-me no pensamento.

Gravo a doce visão
Da deidade que não tive
Desejo a destruição
Da imagem que em mim vive.

Imagem tão inefável
De doce e cruel magia
Geradora implacável
De júbilo e nostalgia.

Se existindo a não visse,
Na ventura de um momento,
Sinto mas talvez não sentisse
Nem júbilo nem sofrimento.

Foi tudo obra do acaso
Fruto do relógio dos tempos
Ao vê-la naquele momento
Vi a vida feita de momentos.

Afonso Costa

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