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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

NADA SOU

Sigo meditabundo caminhando
Fixo velhas pedras, um pensamento!
Quantos anos elas vão contando
No imutável relógio do tempo.

Como eu, quantos por ali passaram
Quantas gerações essas pedras serviram
Elas subsistem, por cá ficaram
Enquanto eles já partiram.

Essas velhas pedras enegrecidas
Que pisamos indiferentemente
Suportam o peso de tantas vidas
E resistem quase eternamente.

Calcámo-las, ímpios, inclementes,
A nós calca-nos, esmága-nos a morte
Essas velhas pedras tão resistentes
Parecem ter muito melhor sorte.!

Afonso Costa

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