Por que hei-de ser assim
Pensar no que é impensável
Se esse impossível ri de mim
Nessa procura insaciável.
Perscruto e busco no momento
A grandeza que espreita sobre mim!
Na noite límpida o firmamento
Não lhe encontro princípio nem fim.
A ansiedade arranha-me o espírito,
Quero abarcar o cenário deslumbrante,
Teimo, desesperado ouço meu grito,
Algoz, ímpio, a chamar-me ignorante.
Seja a noite límpida ou da tempestade
Seja um dia passado junto ao mar
No campo, monte ou na cidade
Sempre a mesma ânsia de desvendar.
Que me importa a ciência e inovação
Teorias que procuram a verdade
Se continua minha frustração
Não me mostram a realidade.
Afonso Costa
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