Pintava todos os recantos na passagem
Um sol luminoso e fulgurante
Mudava a cada momento e instante
Seu raiar na exótica paisagem.
Dos cumes, encostas, brandas e prados
O sol partia com carinhoso requinte
O abraço das sombras interpretados
Promessas de voltar no dia seguinte.
Das sebes um ondular fazia-se ouvir
Com timidez num silêncio plangente
Dum sol que se estava a despedir
Tornando diáfano o ambiente.
As águas serenas da albufeira,
Que alindam Vilarinho das Furnas
Mesmo com o luar difuso à beira
Deixavam os meandros às escuras
De olhar fixo e perscrutador
Contemplava fascinado o infinito,
Um manto em todo o esplendor
Desenhava um crepúsculo tão bonito.
Era o último retoque na tela
Dum sol que pintou seu quadro
Passando o brilho da sua aguarela
Nunca que encontrou por todo o lado.
18-02-2012
Afonso Costa
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