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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

NO TRILHO DO LÁ VAI -dedicado ao clube Nevosa

Um dia estava no Borrageiro
Uma musa me veio segredar
Para seres um bom companheiro
Para o teu grupo terás de rimar

Esse dia até que, enfim, chegou;
Porque a rima jorrando me sai,
Faço versos a cujo nome dou
Passando no Trilho do Lá Vai.

Lá vai o guia Paulo Jorge
Que não larga os dois bastões
Por mais que s
e arroje
Evitam-lhe os trambolhões.

Usando de muitas cautelas
Também gosta de inventar
Mas acabámos com mazelas
E o traseiro a rastejar.

Lá Vai o Zé Catita
No grupo dos durões
De rocha em rocha saltita
E ainda faz flexões.

Engenhoso a cozinhar
Admira-se da nossa presteza
Pois acabámos por devorar
Tudo quanto põe na mesa.

Lá vai o Domingos Alves
Montanhista de reputação
Que fica com muita sede
Quando almoça no Guidão.

De lá partiu com alegria
Mas em estranha passada
Dar com a Travanca não sabia
Ia metendo para a pedrada.

Lá vai o Domingos Esteves
Como ele não há quem suba
Infringe as regras às vezes
Vai para a serra de guarda-chuva.

Leva-nos para Pedrário
Um recanto de Portugal
Onde o cozido é extraordinário
E o vinho é divinal.

Tem inquilinas Brasileiras
E sempre que o mês finda
A cobrança dá-lhe canseiras
Leva com ele pau-de-cabinda.


Lá vai o Paulo Paraquedista
Um montanhista desejado
A quem perdemos de vista
Porque falta um bocado.

Chamam-lhe paraquedista
Mas ele nunca dá quedas
Nunca alguma se lhe regista
Para que precisa de paraquedas.

Lá vai o Alexandre
Montanhista sazonal,
Trepa sempre em grande
Pois tem um bom pedal.

Porque vive em Guimarães
Lamentamos a sua sorte
Lá, livres espanhóis e cães
Ele precisa de pssaporte.

Lá vai o Zé Salgado
Que não cai na tentação
Não troca vegetal espalmado
Pela nossa refeição.

Um dia que foi a Pedrário
Um cavalo foi a sua paixão
Mas o bicho que era ordinário
Espetou com ele no chão.

Lá vai o Zé Resende
Um amante da escuridão
A malta não entende
Mas não dá com o Guidão.

Leva muitos companheiros
Mas isso de nada lhe vale
Teve que chamar os bombeiros
E acabou no hospital.

Lá vai o Zé Estrada
Em passada de mandrião
Com a serra não quer nada
Ele quer é um bom colchão.

Seu palmarés é sensacional,
É um montanhista aguerrido,
Teve a sua foto num jornal
Porque andou uns dias perdido.

Lá vai o Domingos Carvalho
O «EL-Comandante da Gente»
Como gosta de ferrar o galho
Manda-nos caminhar na frente.

Tem uma casa abastada,
Gente que não beba não suporta,
A malta sai de lá ressacada
Que nem consegue abrir a porta.

Lá vai o cidadão Daniel
A subir pelo estreito trilho
Na mochila leva o farnel
E também o nosso «carraguilho».

Vai sempre com muito frio
Talvez lhe faltem calorias
Não come nada, tem fastio!
Não carrega as baterias.

Lá vai o Afonso Costa
Um montanhista raçudo
Aos tropeções pela encosta
E a confundir quase tudo.

Neste clube da Nevosa
Convive com uma juventude
Que de gentil e generosa,
Lhe dá muiuta saúde.

Já não vai MAIS NINGUÉM NO TRILHO
E já chega de tanto rimar,
Só mais uma quadra partilho
E que ao Nevosa vou dedicar.

O elenco do clube Nevosa
É gentil e tem a amizade por dom,
Que tenha uma vida venturosa
E tudo quanto houver de bom.

28-10-2006-.
,
Afonso Costa

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