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quarta-feira, 22 de junho de 2011

A MUDANÇA- TEMA DEDICADO AOS COLEGAS DO NEVOSA



Os anos vão passando
Para todos eu já rimei
Os versos vão esgotando
Que mais dizer nem eu sei.

Quando entrei para o Clube
Do caso que lembro tanto
Era um poço de virtude
Julgava ser um santo.

Nunca dizia palavrões
Anedotas só de mesa
Água às minhas refeições
Vinho dava-me fraqueza.

Fui até Vila Real
Levaram-me a Melgaço
Agora, água faz-me mal
Sem o vinho já não passo.

O Narciso me desculpou
O meu fraco português
O manholas perdoou
É meu padrinho no Gerês.

Para a malta distraída
Uma coisa vou dizer
Já tenho uma avenida
P’rós meus tempos de lazer.

Em Pé de Cabril situada
Essa urbanização mostra
Numa placa fixada
A avenida Afonso Costa.

O Narciso p’ra fixar
Improvisou um suporte
P’ra no alto a colocar
O Victor fez de escadote.

Para eles o meu carinho
E ao Narciso que lá subiu
Parabéns pelo jeitinho
Com que as letras esculpiu.

Mas o tempo é de mudança
Mudei eu, mudou a gente
No Nevosa a semelhança
É que muda lentamente

Domingos Pedrário com o que fez
E eu por vezes até choro
Já não vem para o Gerês
Julga que a água tem cloro

O Nevosa também mudou
Com respeito a referências
Gente que tanto caminhou
Agora prima com ausências.

Já não diz o Zé! oh mordilho!
Nem vejo sardinha assada
Com a mudança me quilho
Só há comida enlatada.

As chouriças se esgotaram
O Cláudio não mais as viu
Ou os donos se reformaram
Ou foi o talho que faliu.

Mudou, mas não faz confusão
O Resende não ser visto
Anda à procura do ladrão
Que lhe fugiu com o menisco.

Mudou o Manuel João
O Gerês é-lhe banal
Cumes só com dimensão
Tornou-se internacional.

O Daniel vem falta nos faz
No Cruzeiro à nossa mesa
Mas nessa noite vai ao ananás
Ao Sábado p’ra sobremesa.

O amigo João Pinto
É elemento musical
Que anima este recinto
E traz bebida especial.

Temos agora o Joca
Um caloiro de elite
Vejam que vinho lhe toca
Por causa da sinusite.

Paulo Jorge também mudou
No seu estilo de caminhar
Em fotógrafo se transformou
Caminha de braços no ar.

O Paulo Paraquedista
Só no Cruzeiro o vemos
E logo que me avista
Pergunta o dinheiro que temos.

Zé Estrada a cozinhar
É gentil mas fica casmurro
Quem na cozinha o incomodar
Leva com batatas à murro.

Amigo José Salgado
A regra faz excepção
Coma bife bem passado
E beba uns copos de Esporão.

Manuel Ribeiro nos presta
Grande prazer por cá vê-lo
Mas p’ra vir a esta festa
Escusava de cortar o cabelo.

Para todos já rimei
Pus nos versos só carinho
Se sem versos alguém deixei
Minha estima lhes encaminho

Boa pessoa, pessoa óptima
Caminho com a frase na mente
Depende da minha óptica
Se vejo por trás ou pela frente.

De qualquer das maneiras
Isso não me importa tanto
São boas e óptimas companheiras
Admiro-as como um santo.

Com numerus clausus, fechado
P’rás entradas só dificuldades
Era assim o Clube no passado
Hoje lembra as Novas Oportunidades

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