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sexta-feira, 25 de julho de 2014

 Gostava de saber o PORQUÊ 
 Mas o porquê não me diz nada 
 Esconde-se ninguém o vê
 Deixa a razão indignada

É um porquê predador
Da alegria e bem-estar
Esconde-se na minha dor
Sorri se me vê chorar

Procuro-o desesperadamente
Busco e rebusco sem cessar
Não se manifesta na mente
Pressinto-o no mau-estar.

É uma maldade inacabada
É um porquê cuja presença
Tortura sem dizer nada
Na sua cruel indiferença.

Com o porquê vou coabitar
Desisto de pôr-lhe o fim
Felicidade prefiro dar
A guardá-la para mim

É uma causa incausada
De inelutável persistência
Na minha alma tem morada
Locou a minha consciência.

            25-07-2014


           Afonso Costa

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