Gostava de saber o PORQUÊ
Mas o porquê não me diz nada
Esconde-se ninguém o vê
Deixa a razão indignada
É um porquê predador
Da alegria e bem-estar
Esconde-se na minha dor
Sorri se me vê chorar
Procuro-o desesperadamente
Busco e rebusco sem cessar
Não se manifesta na mente
Pressinto-o no mau-estar.
É uma maldade inacabada
É um porquê cuja presença
Tortura sem dizer nada
Na sua cruel indiferença.
Com o porquê vou coabitar
Desisto de pôr-lhe o fim
Felicidade prefiro dar
A guardá-la para mim
É uma causa incausada
De inelutável persistência
Na minha alma tem morada
Locou a minha consciência.
25-07-2014
Afonso Costa
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